quarta-feira, 30 de junho de 2010

Lições da ayahuasca na AEUDV pernambucana

Olá amigos tudo bom? Escrevo-os para convidá-los a visitar o novo número da Revista Cadernos de Pesquisa Interdisciplinar em Ciências Humanas da UFSC , que publicou meu ensaio intitulado “Lições da ayahuasca na AEUDV pernambucana”. Nesse manuscrito trato do fenômeno estético e espiritual promovido pela ingestão da bebida xamânica ayahuasca, administrada nessa dissidência udevista pernambucana, localizada no município de Riacho das Almas, agreste do estado. O texto traz algumas nuances sobre o êxtase religioso promovido pela infusão, assim como alguns caminhos a trilhar pelo aluno hoasqueiro. O contato com a realidade espiritual mediante os ensinamentos do mestre Gabriel nos mostra a interação da realidade material com a espiritual num dualismo complementar e não redutor. Espero que apreciem a leitura. O sumário do novo número da revista (Vol. 11, N. 98) pode ser acessado no endereço: http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/cadernosdepesquisa/issue/view/1382 O ensaio em questão pode ser acessado na íntegra através do link: http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/cadernosdepesquisa/article/view/13357/12864

Ps: Antes da publicação do texto, tentei alertar à edição da revista para um pequeno equívoco gráfico que encontrei no corpo do texto quando me refiro à “História da Oaska”, quando na verdade era para ser “História da Hoasca”, mas mesmo assim, em alguns momentos, alguma coisa escapou da correção, principalmente em se tratando das notas de rodapé. Acredito que tal erro na grafia não compromete o conteúdo textual do manuscrito. No mais é isso. Grande abraço. Luz, paz e amor...

Wagner Lira
neoxamam@hotmail.com
http://enteogeniapernambuco.blogspot.com
http://www.neip.info/index.php/content/view/1214.html

Pós-Graduação em Sociologia promove mesa-redonda sobre os movimentos sociais

O Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFPE realiza, hoje (30), às 9h, a mesa-redonda "As perspectivas teórico-metodológicas nos estudos dos Movimentos Sociais". O evento será realizado no auditório do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) da UFPE. A coordenadora do evento é a professora Mônica Rodrigues Costa.

Os debatedores serão a professora Ilse Scherer-Warren, do Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); e o professor Remo Mutzemberg, do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFPE.

Mais informações
Pós-Graduação em Serviço Social
(81) 2126.8374

Pós-Graduação em Sociologia
(81) 2126.8285

Curso de Extensão em Farmacologia inscreve até 5 de julho

De 5 a 30 de julho, o Departamento de Fisiologia e Farmacologia da UFPE realiza o curso de extensão “Atualização em Farmacologia”. O curso vai ocorrer das 14h às 17h, de segunda à sexta. As inscrições devem ser realizadas no próprio Departamento e custam R$ 120,00 para estudantes e R$ 170,00 para profissionais.

O curso vai ser ministrado pelos professores Maria do Carmo Fraga e Almir Wanderley. Maria do Carmo possui mestrado em Ciências Biológicas pela UFPE e experiência na área de Farmacologia, com ênfase em Toxicologia. Wanderley é doutor em Farmacologia pela Universidade de São Paulo (USP), tem experiência na área de Farmacologia e Toxicologia Pré-Clínica com ênfase em Plantas Medicinais.

Programa
Farmacocinécita
Farmacodinâmica
Farmacologia do SNA
Farmacologia do SNC
Farmacologia da Inflamação
Uso e Abuso de Drogas
Farmacologia do Álcool
Aulas Práticas
Estudo de Casos Clínicos
Resolução de Questões de Concursos

Mais informações:
(81) 2126.8531 / 8825.1705
mariacarmofraga@yahoo.com.br

terça-feira, 29 de junho de 2010

MinC abre edital para Prêmio de Pesquisa em Cultura

Da Assessoria do MinC; Por: Ascom- UFPE

O Ministério da Cultura publicou o Edital Prêmio de Pesquisa em Cultura - Políticas Públicas de Cultura, voltado para premiar até dez trabalhos de estudos e pesquisas acadêmicas de pós-graduação no valor de R$ 10 mil, totalizando um investimento de R$ 100 mil. O edital faz parte do Programa Cultura e Universidade que tem como objetivo fomentar ações e consolidar políticas culturais no âmbito das instituições de ensino superior brasileiras.

As inscrições vão até o dia 16 de agosto e o objetivo do edital é premiar estudos e pesquisas acadêmicas de pós-graduação (especialização, MBA, Mestrado Doutorado e Pós-Doutorado) concluídas e defendidas no período dos anos 2000 a 2010 e que tenham como tema as políticas públicas de cultura no Brasil em âmbito municipal, estadual e nacional.

O resultado esperado com a seleção pública é o fomento à difusão da produção teórica, crítica, reflexiva e à pesquisa sobre cultura de cidadãos brasileiros e/ou estrangeiros, residentes no Brasil há mais de três anos.

As inscrições devem ser enviadas por Correio para:
Diretoria de Estudos e Monitoramento de Políticas Culturais/CGEC
Secretaria de Políticas Culturais - Ministério da Cultura
Esplanada dos Ministérios, Bloco B, 2º andar
CEP 70068-900 - Brasília/DF

O edital está disponível no endereço:
http://www.cultura.gov.br/site/2010/06/16/edital-premio-de-pesquisa-em-cultura-%E2%80%93-politicas-publicas-de-cultura/

Mais informações:
(61) 2024.2234
editais@cultura.gov.br
juliana.lopes@culura.gov.br

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Paz e ciência é tema de palestra com monge budista no CFCH

O Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) da UFPE receberá amanhã (29) o físico e monge budista Lama Padma Samten na palestra “Paz e Ciência”, promovido pelo Núcleo de Ciência e Cultura de Paz, do Departamento de Filosofia. O evento ocorrerá às 15h30, no auditório do CFCH, no térreo, e é aberto ao público. Lama Padma Samten é ex-professor de física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e vem atuando na integração das ciências humanas com a filosofia budista.

Mais informações:
Secretaria do Departamento de Filosofia
(81) 2126.8295

domingo, 27 de junho de 2010

Drogas para a inteligência?

É legítimo recorrer a medicamentos para melhorar desemprenho mental?

Por: Barbara J. Sahakian e Ahmed D. Mohamed

Quem poderia ser contra drogas que ajudam as pessoas afetadas por distúrbios mentais, como a esquizofrenia? Esses tratamentos, conhecidos como reforçadores cognitivos farmacológicos (PCE na sigla em inglês), podem melhorar a memória, a atenção e a motivação. O metilfenidato (Ritalina), por exemplo, ajuda as crianças com distúrbio de hiperatividade e déficit de atenção a se concentrar melhor na escola, muitas vezes produzindo importantes diferenças em suas vidas. O modafinil (Provigil) ajuda as pessoas a ficar acordadas e é licenciado para o tratamento da narcolepsia, uma condição que causa sono involuntário nos pacientes.

Até aí, ótimo. Mas nos últimos anos houve um aumento sem precedentes no uso de PCEs por pessoas saudáveis. Para muitos estudantes, é difícil resistir à tentação de tomar algumas pílulas para ajudar na concentração, especialmente na época dos exames. A maioria deles considera isso inofensivo e eticamente aceitável. Outros o veem como trapaça, e até hoje poucas universidades têm políticas formais sobre a questão.

Segundo um relatório de 2004 do "Journal of the American Medical Association", cerca de 90% do modafinil são usados por indivíduos saudáveis que não têm problemas de sono. Em março de 2009, uma pesquisa informal com mil estudantes feita pelo jornal "Varsity" dos alunos da Universidade de Cambridge, mostrou que um em cada dez estavam tomando medicamentos controlados para o reforço cognitivo. No ano anterior, a revista "Nature" realizou uma pesquisa com 1.400 cientistas de 60 países. Eles descobriram que um em cada cinco respondentes usavam drogas para reforço cognitivo, e entre eles 62% relataram tomar metilfenidato e 44% modafinil, principalmente para melhorar a concentração; 15% disseram ter tomado betabloqueadores para ansiedade, quando essas drogas são normalmente prescritas para reduzir a pressão sanguínea ou para arritmia cardíaca.

Um professor americano diz que obteve suas drogas através de um médico de atendimento básico, alegando ter "jet lag", enquanto um professor britânico as conseguiu através da Internet para "melhorar a produtividade" e "para importantes desafios intelectuais". Mais preocupante, uma pesquisa de 2009 feita pelo Instituto Nacional dos EUA para Abuso de Drogas (NIDA) descobriu que 1,8% dos jovens de 13 a 14anos, 3,6% de 15 a 16 e 2,1% de 17 a 18 anos abusaram de metilfenidato.

O uso generalizado de drogas para reforço da cognição talvez não seja surpreendente, já que o relatório sobre ciência do cérebro, dependência e drogas da Academia de Ciências Médicas em 2008 sugeriu que uma melhora de 10% na memória poderia levar a uma nota ou classificação maior. Pequenas melhoras no desempenho intelectual podem gerar melhoras significativas nos resultados.

Mas quais são as vantagens e desvantagens de pessoas saudáveis usarem PCEs? No lado positivo, como os PCEs podem ajudar os que têm baixo desempenho cognitivo, talvez fosse possível atenuar os efeitos da pobreza sobre o cérebro por meio de seu uso. Isto poderia ter efeitos positivos na sociedade e na economia em geral: estima-se que um aumento de 3% no QI da população como um todo poderia reduzir os índices de pobreza em até 25% e aumentar o PIB em 1,5%.

É claro que mesmo adultos saudáveis que normalmente funcionam bem não dão o melhor de si necessariamente o tempo todo, por causa de falta de sono, "jet lag" ou outros fatores de estresse. E os PCEs também poderiam nos permitir um melhor desempenho em situações agradáveis e competitivas. Por exemplo, Anjan Chatterjee, um neurologista da Universidade da Pensilvânia, relatou que os músicos muitas vezes usam betabloqueadores para atenuar tremores físicos, melhorando seu desempenho. Psicoestimulantes também são usados para reforçar soldados em combate, trabalhadores em turnos e pilotos.

Mas não se sabe o suficiente sobre os efeitos colaterais em longo prazo dos PCEs, especialmente no cérebro em desenvolvimento. Um relatório de 2009 do NIDA revelou que o modafinil estimulou áreas do cérebro conhecidas por desencadear comportamento que busca drogas e dependência.

Também devemos considerar por que essas drogas são usadas. É a pressão para se sair bem nos exames, fechar um bom negócio ou acompanhar nossa sociedade que incentiva as pessoas a usá-las, em vez de meios tradicionais para aumentar a cognição, como os exercícios?

Claramente, os neurocientistas precisam trabalhar com cientistas sociais, filósofos, éticos, políticos e outros especialistas para estabelecer regras claras, seguras e éticas para o uso de PCEs em pessoas saudáveis. Essa é a única maneira de que os grandes avanços feitos hoje na ciência possam ser utilizados para benefício máximo - com danos mínimos.

(Barbara J. Sahakian é professora de neuropsicologia clínica na Universidade de Cambridge. Ahmed D. Mohamed é aluno de doutorado no Clare Hall, em Cambridge.)

Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Curso vai capacitar profissionais do Judiciário para melhorar atendimento a usuários de drogas‏

Um total de 15.000 pessoas em todo o Brasil, entre juízes, servidores e colaboradores do Poder Judiciário serão capacitados para aprimorar o atendimento da Justiça a usuários e dependentes de drogas envolvidos em processos criminais. A iniciativa é resultado de uma parceria entre o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), vinculada ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), da Presidência da República. A idéia é aperfeiçoar o processamento dessas questões no Judiciário. A previsão é de que o curso tenha início a partir de agosto.

As inscrições estarão abertas a partir de julho, mas como as vagas são limitadas serão realizadas pré-inscrições que poderão ser feitas até o próximo dia 25, pelo endereço: www.cnj.jus.br/cursosobredrogas . Com o objetivo de iniciar a mobilização dos magistrados e servidores, a Corregedoria do CNJ encaminhou ofício a todos os Tribunais de Justiça do Brasil informando sobre a capacitação O projeto também conta com a parceria da Universidade de São Paulo (USP), que ficará responsável pelos cursos por meio das Faculdades de Medicina e Direito. A idéia é contribuir para o cumprimento do Provimento 4, publicado no dia 26de abril pela Corregedoria Nacional de Justiça, que contém medidas que buscam aperfeiçoar o trabalho dos Juizados Especiais no atendimento a usuários e dependentes de drogas, visando a sua reinserção social.

O curso é destinado a magistrados, servidores, conciliadores, assistentes sociais, psicólogos, pedagogos e outros colaboradores do Poder Judiciário para treiná-los sobre como deverão encaminhar os usuários de drogas aos tratamentos adequados, locais de internação e, inclusive como acionar o Estado em caso de omissão. "Queremos que surja uma força capaz de instruir de forma profissional os usuários de drogas no país", explicou o juiz auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça Ricardo Chimenti. Segundo ele, a parceria com a Senad e a USP está dentro das iniciativas da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e da Corregedoria Nacional de Justiça.

A ideia é criar uma equipe multidisciplinar nos fóruns que esteja preparada para realizar o primeiro contato com os usuários e dependentes de drogas, após a passagem pela polícia. Além de conhecer os problemas dessas pessoas é possível sugerir as medidas necessárias à reinserção social dos necessitados, conforme decisão final do juiz responsável. O curso de capacitação será à distância, com 120 horas/aula e deverá ser ministrado em no máximo três meses. O treinamento será feito em horário disponível pelo interessado desde que não interfira nas suas atividades normais. Cada grupo de 50 pessoas terá um monitor para garantir que o inscrito esteja participando efetivamente das aulas e para esclarecimentos de dúvidas. Os participantes receberão certificação de Curso de Extensão emitido pela Universidade de São Paulo.

EF/MB
Agência CNJ de Notícias

domingo, 20 de junho de 2010

Curso de Extensao "Politicas Publicas sobre Drogas"‏

Quinta aula:

Tema: "Crime, violencia e trafico de drogas"

Expositor: Dr Jose Luis Ratton (doutor em sociologia, professor da UFPE e assessor especial do Governador de Pernambuco na area de seguranca publica).

Data: 19/07/2010

Local: Anfiteatro do CCSA/UFPE

Horario: 14 as 17 horas

quarta-feira, 16 de junho de 2010

II Mostra de Antropologia Visual do Curso de Ciências Sociais da UFPE

18/06/2010, no auditório do Centro de Filisofia e Ciências Humanas da UFPE.

Programação:

Abertura 15:30 horas
Lady Selma - Coordenacão do Curso de Ciências Sociais

Mesa Redonda - 16 Horas
Antropologia Visual Perspectivas de Investigação nas Ciências Sociais
Ana Laura Lureiro, Juliana Barretto, Renato Athias

Filmes 17:00 horas
As Corridas do Imbu Karuazu - 29 min (Juliana Barreto)
Para outra Geração - 19 min (Ana Laura Loureiro)
Diga Lá que Côco é esse - 12 min
Movimento Grafite em Recife: só concreto - 7 min
Percurso dos Tambores
Retinianas
Dia de Clássico

Exposições de Ensaios Fotográficos
Diga Lá que Côco é esse
Menina sem nome: a santa popular
João Diogo
Ensaio sobre maracatús

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Museus Indígenas e Políticas de Cultura em Pernambuco



Convite:

A Diretora do Museu do Estado de Pernambuco têm o prazer de convidar para participar
da Mesa Redonda sobre: Museus Indígenas e Políticas de Cultura em Pernambuco que será realizada no Museu do Estado de Pernambuco, no dia 17 de Junho as 16 horas. Na ocasião estarão presentes representantes indígenas das etnias Pankararu, Fulniô, Tuxá que apresentarão suas experiências de museus e casas de memória. Durante esse evento os Fulni-ô apresentarão suas danças tradicionais relacionadas com a exposição
Mitos, Danças Rituais Indígenas em cartaz no Museu do Estado de Pernambuco.

Outras informações:
Renato Athias
(81) 21268286
www.ufpe.br/carlosestevao

domingo, 6 de junho de 2010

Geni e o Zepelin (o doido, o Daime e o crime)

Por: Jaques Delgado

"Joga pedra na Geni...".
Você lembra da estória da prostituta que salvou a cidade, mas que foi de todo modo lapidada? Pois é, volto a um assunto delicado: as discussões e a repercussão sobre a morte de Glauco. Assim que soube os detalhes das notícias, menos de 24 horas após o ocorrido, meu primeiro pensamento foi direcionado à enxurrada de críticas que seriam lançadas à existência do Daime e à Reforma Psiquiátrica. Cada um foi buscando suas pedras, se armando de agressividade, cada um procurando a sua Geni, ora o culpado era o Daime, ora a lei de reforma que impede a internação dos loucos (!), ora o pai do assassino, que não cuidou do filho; pelo que andei lendo, alguém teve a ousadia de sugerir que o culpado da morte de Glauco e Raoni foi o próprio Glauco! Pasmém, a que ponto chegamos.

Improvisamente, depois da novela das 8 da Globo, todos nos transformamos em doutores, em psiquiatras. Ouvi delegados fazendo diagnóstico, parentes e advogados mais ou menos tarimbados, falando em surto psicótico, alucinação, jornalistas disparando leituras apressadas, repletas de jargões técnicos. Simples, não é?
Quantas pessoas que jamais beberam um copo de Daime, ou de Vegetal, isto é, de Ayahuasca, vomitaram condenações, críticas, julgamentos, embebidos de preconceito, moralismo, ideias que são tanto ingênuas quanto perniciosas.

Talvez para entender um pouco desta misteriosa substância será necessário beber um, dois, três, cem copos da bebida de gosto amargo, bebida sagrada para os povos da floresta e, vale lembrar, de uso permitido e regulamentado pelo próprio CONAD em rituais religiosos. Por quê insistir com a linguagem pobre e sensacionalista que fala de "droga", substância "alucinógena" ? Então, se ouço tais falas, posso concluir que o governo brasileiro autoriza e libera o uso de uma droga alucinógena... ou não?

Os estudiosos preferem a expressão 'substância enteógena', que significa manifestação interior do divino, ou seja, que permite ou possibilita a conexão com o sagrado. É diferente, radicalmente diferente! Sei que há recomendações no sentido de se evitar que um sujeito com determinadas características psíquicas beba o chá. Quem fala nisso? "Joga pedra na Geni..."

Quanto aos críticos da reforma da assistência psiquiátrica, é triste observar que ainda estamos neste estágio da discussão. Um articulista da Folha, falando em periculosidade, me faz pensar que a solução melhor para 'prevenir' a violência destas pessoas potencialmente perigosas é a internação compulsória e preventiva de todos, mas todos mesmo: loucos, usuários de substâncias psicoativas (maconha, cocaína, crack, daime, ecstasy, anfetamina, álcool...), moradores de rua, favelados (é muito perigoso morar em favela). Uma ideia ainda melhor seria a construção de um muro alto, bem alto, em volta de todas as favelas nas cidades do Brasil! Eu, por via das dúvidas, internaria também os policiais, que andam armados, podem atirar - isso é perigoso.

Colocaria dentro também os torcedores mais exaltados de futebol, os punks, os desempregados, pensando bem até os colunistas, porque suas opiniões podem ferir, podem ser perigosas. Ficariam de fora os intelectuais, a maior parte deles é inofensiva; os psicólogos e os psiquiatras (alguém precisa responder pelo diagnóstico). Minha companheira me recorda que um tal de Simão Bacamarte já havia proposto algo de semelhante... que pena! Queria ser original.

Neste drama que se consumou, um dos traços característicos foi a falta de atenção, a displicência, a surdez na captação dos sinais que uma pessoa em grave dificuldade transmitiu. Onde estava sua família? Para onde olhava? Agora é fácil jogar uma pedra, mas onde estávamos nós quando tudo aconteceu? Talvez cada um cuidasse do próprio jardim, ou do próprio umbigo, ou estivesse narcotizado pelo Big Brother da vez. Talvez. É muito fácil agora apontar o dedo, encontrar um culpado, escrever matérias sensacionalistas que vendem um mundo de jornais. Quem quer, de fato, refletir em profundidade? Se você quer, pode-se tentar uma discussão franca, honesta, nada oportunista.E se quiser, jogue uma rosa pra Geni.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

II Festival do Filme Etnográfico do Recife



Os Programas de Pós-Graduação em Antropologia e em Comunicação Social da UFPE abriram as inscrições para o II Festival do Filme Etnográfico do Recife. O evento vai premiar produções cinematográficas/videográficas, produzidas a partir de 2008, que apresentem qualidade técnica reconhecida na área. Poderão ser inscritas, até o dia 31 de julho, produções nacionais e internacionais de documentários, que abordem questões socioculturais contemporâneas sobre pessoas, coletividades, grupos sociais, processos históricos com temas de interesse antropológico. O II Festival, que se realizará 27 a 30 de setembro de 2010, tem o apoio da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e será realizado na Sala de Cinema da Fundação Joaquim Nabuco, no Derby, em Recife. O regulamento e o formulário de inscrição encontram-se no seguinte site: http://www.filmedorecife.com.br

Outras Informações:
Laboratório de Antropologia Visual
(81) 21268286

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Cadernos de resumos da primeira mostra sobre saúde mental de Pernambuco disponível no Sbribd

Caros amigos. encontra-se disponível no site do Scribd o caderno de resumos da primeira mostra de saúde mental de Pernambuco, evento realizado durante a III Conferencia Estadual de Saude Mental (Recife, 17 a 19/05/2010). Constam neste caderno alguns resumos sobre o Projeto de Desinstitucionalização dos Pacientes do Hospital Jose Alberto Maia/Camaragibe e outras experiencias na área de saúde mental(transtorno mental e alcool e outras drogas) em Pernambuco, uma iniciativa da GASAM e da Educacao Continuada da SES/PE. O documento pode ser acessado virtualmente no endereço:

http://www.scribd.com/doc/32403126/Caderno-de-resumos-da-I-Mostra-sobre-Saude-Mental-de-PE

Vale a pena conferir...

Simpósio: "A farra do jornalismo oportunista: interesses escusos e a revista mais lida do país"

Debatedores:

Pierre Lucena - Professor de Administração/ UFPE e editor do blog Acerto de Contas

Jonnhy Cantarelli - antropólogo/ INCRA-PE

Francisco Sales - Procurador de Justiça Cível/ MPPE (a confirmar)

Data: 08/06/2010

Local: Anfiteatro do CCSA/UFPE

Em sua edição número 2163, de 5 de maio deste ano, a revista Veja publicou, sob o título "A farra da antropologia oportunista", uma matéria que provocou grande indignação no meio acadêmico e em grandes partes da sociedade civil por ter ofendido uma categoria profissional inteira e diversos segmentos da população brasileira, acusando-os de serem responsáveis por diminuírem as oportunidades de desenvolvimento do País. No simpósio, serão debatidos o tipo de jornalismo praticado pela Revista, suas implicações éticas e políticas, os interesses por trás das matérias veiculadas e como pessoas e grupos lesados podem se defender por vias jurídicas.

Mais informações:
(81) 2126.8286 / 3226.0678
petcsufpe@gmail.com
www.twitter.com/petcsufpe