Por: José Arturo Costa Escobar & Antonio Roazzi do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Cognitiva da UFPE
Artigo publicado na Revista Neurobiologia e disponível na íntegra em: http://www.neurobiologia.org/ex_2010.3/16_Escobar_Roazzi_Panorama%20Contempor(OK).pdf
RESUMO
As substâncias psicodélicas, ou mais comumente conhecidas alucinógenas, constituem-se de substâncias banidas no passado e categorizadas como compostos de elevado risco à saúde com potencial de dependência química e sem qualquer utilidade terapêutica. A categorização dessas substâncias como alucinógenas e proscritas tem sido questionada recentemente, visto que estudos suficientes demonstram o oposto, isto é, não promovem dependência química ou psicológica e possuem elevado potencial de aplicação terapêutica. A abertura recente para o desenvolvimento de novos estudos com os psicodélicos, ainda na década final do século XX, veio a culminar em uma série de estudos acerca do potencial psicoterapêutico desses psicoativos na primeira década do século XXI. A presente revisão busca conceituar o que tais substâncias representam para a ciência contemporânea, bem como apresentar os principais estudos psicoterapêuticos desenvolvidos com o uso da ayahuasca (beberagem rica dos psicoativos dimetiltriptamina e beta-carbolinas) e da psilocibina (presente em cogumelos do gênero Psilocybe). Os resultados promissores dos estudos conduzidos até o momento atual sugerem a necessidade da exploração desses compostos no país, principalmente no que condiz ao tratamento da dependência de drogas.
Palavras-Chave: Alucinógenos; Enteógenos; Psicointegrador; Estado Alterado de Consciência; Psicoterapia; Psicofarmacologia; Banisteriopsis caapi; Psychotria viridis; Psilocybe sp.
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