Por: Beatriz Caiuby Labate
Artigo publicado na sétima edição da revista Ponto Urbe e disponível em: http://www.pontourbe.net/edicao7-artigos/124-as-religioes-ayahuasqueiras-patrimonio-cultural-acre-e-fronteiras-geograficas-
Espaço aberto àqueles que se interessam pelo fenômeno cultural do consumo de substâncias psicoativas e que queiram compartilhar informações relativas ao uso de drogas ou de plantas de poder. Bibliografias, perspectivas de estudo, construções epistemológicas, eventos culturais, científicos e experiências de pesquisa serão recorrentes nesse espaço de esclarecimento.
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
sábado, 22 de janeiro de 2011
Diferentes contextos, múltiplos objetos: reflexões acerca do pedido de patrimonialização da Ayahuasca
Autora: Júlia Otero dos Santos
Disponível em:
http://www.neip.info/html/objects/_downloadblob.php?cod_blob=1008
Resumo:
Esse trabalho investiga os possíveis significados, contextos, atores e redes que emergem a partir do pedido de reconhecimento do uso da Ayahuasca em rituais religiosos como patrimônio cultural do Brasil por parte de algumas religiões. A variedade de usos e concepções por parte do Santo Daime, Barquinha e União do Vegetal, bem como de alguns povos ameríndios acerca da bebida acaba por colocar a própria beberagem no centro da questão, obviando de certa forma os modos de fazer, saber e transmitir envolvidos nesse cenário. A diversidade onomástica, dos mitos de origem, dos símbolos e dos rituais que gravitam em torno da bebida nos faz questionar se estamos sempre diante de um mesmo objeto quando se pretende inventariar os usos rituais da Ayahuasca, conforme sugestão do Iphan. Ao analisarmos alguns dos contextos de seu uso – como nas igrejas associadas no pedido de patrimoniliazação e em alguns povos ameríndios –, buscamos mostrar como a bebida é um agente não-humano associado a humanos em diferentes redes ou contextos, o que nos impede de pensá-la como um objeto único significado de diferentes formas: cada contexto cria sua “Ayahuasca”. Nos termos de Gell (1998), podemos concebê-la como um agente sempre causador de efeitos em sua vizinhança. Com Latour (1988), podemos pensá-la enquanto um ator ou actante associado em várias redes. E em um vocabulário wagneriano,investigamos como o contexto molda o objeto (Wagner 1981).
Palavras-chave: Ayahuasca, contexto, agência
Disponível em:
http://www.neip.info/html/objects/_downloadblob.php?cod_blob=1008
Resumo:
Esse trabalho investiga os possíveis significados, contextos, atores e redes que emergem a partir do pedido de reconhecimento do uso da Ayahuasca em rituais religiosos como patrimônio cultural do Brasil por parte de algumas religiões. A variedade de usos e concepções por parte do Santo Daime, Barquinha e União do Vegetal, bem como de alguns povos ameríndios acerca da bebida acaba por colocar a própria beberagem no centro da questão, obviando de certa forma os modos de fazer, saber e transmitir envolvidos nesse cenário. A diversidade onomástica, dos mitos de origem, dos símbolos e dos rituais que gravitam em torno da bebida nos faz questionar se estamos sempre diante de um mesmo objeto quando se pretende inventariar os usos rituais da Ayahuasca, conforme sugestão do Iphan. Ao analisarmos alguns dos contextos de seu uso – como nas igrejas associadas no pedido de patrimoniliazação e em alguns povos ameríndios –, buscamos mostrar como a bebida é um agente não-humano associado a humanos em diferentes redes ou contextos, o que nos impede de pensá-la como um objeto único significado de diferentes formas: cada contexto cria sua “Ayahuasca”. Nos termos de Gell (1998), podemos concebê-la como um agente sempre causador de efeitos em sua vizinhança. Com Latour (1988), podemos pensá-la enquanto um ator ou actante associado em várias redes. E em um vocabulário wagneriano,investigamos como o contexto molda o objeto (Wagner 1981).
Palavras-chave: Ayahuasca, contexto, agência
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Site Ayahausca Info
Conteúdo disponível em: http://www.ayahuasca-info.com/pt/index/
Este website é dedicado a uma poção mágica originária da bacia amazónica, conhecida como ayahuasca. Podes encontrar aqui informação sobre os diferentes ingredientes usados para a preparação desta mistura de ervas, como é usada pelos nativos da Amazónia, e o que podes esperar se a experimentares.
Tradicionalmente, esta poção continha uma mistura da raiz da planta trepadeira Banisteriopsis caapi (tambem chamada de ayahuasca), e das folhas do arbusto chacrona (Psychotria viridis) ou, como seu substituto, da chaliponga (Diplopterys cabrerana). Como já foram determinados os componentes activos destes ingredientes, algumas pessoas usam hoje em dia plantas de outras partes do mundo para prepararem poções naturais semelhantes. Podes ler sobre isto nas nossas páginas de botânica e de química.
O componente activo mais importante da ayahuasca, no que toca às qualidades visionárias, é uma substância chamada DMT (dimetiltriptamina). O DMT afecta o estado da consciência de um modo poderoso e difícil de descrever por palavras. É descrito por muitos como "espiritual", e caracterizado por visões detalhadas, muito nítidas e coloridas. Os nativos da Amazónia contam que durante as suas transes, que duram aproximadamente quatro horas, entram no mundo dos espíritos e comunicam com eles, enquanto que os psicólogos consideram o DMT uma das substâncias alucinógenas ou psicadélicas que "tornam a alma visível". Convidamos-te a explorar este site, a leres as entrevistas, e a preparares-te bem antes de decidires experimentar esta poderosa poção. Caso sejas completamente novo no mundo da ayahuasca, recomendamos-te que comeces por ler a nossa página de introdução.
Este website é dedicado a uma poção mágica originária da bacia amazónica, conhecida como ayahuasca. Podes encontrar aqui informação sobre os diferentes ingredientes usados para a preparação desta mistura de ervas, como é usada pelos nativos da Amazónia, e o que podes esperar se a experimentares.
Tradicionalmente, esta poção continha uma mistura da raiz da planta trepadeira Banisteriopsis caapi (tambem chamada de ayahuasca), e das folhas do arbusto chacrona (Psychotria viridis) ou, como seu substituto, da chaliponga (Diplopterys cabrerana). Como já foram determinados os componentes activos destes ingredientes, algumas pessoas usam hoje em dia plantas de outras partes do mundo para prepararem poções naturais semelhantes. Podes ler sobre isto nas nossas páginas de botânica e de química.
O componente activo mais importante da ayahuasca, no que toca às qualidades visionárias, é uma substância chamada DMT (dimetiltriptamina). O DMT afecta o estado da consciência de um modo poderoso e difícil de descrever por palavras. É descrito por muitos como "espiritual", e caracterizado por visões detalhadas, muito nítidas e coloridas. Os nativos da Amazónia contam que durante as suas transes, que duram aproximadamente quatro horas, entram no mundo dos espíritos e comunicam com eles, enquanto que os psicólogos consideram o DMT uma das substâncias alucinógenas ou psicadélicas que "tornam a alma visível". Convidamos-te a explorar este site, a leres as entrevistas, e a preparares-te bem antes de decidires experimentar esta poderosa poção. Caso sejas completamente novo no mundo da ayahuasca, recomendamos-te que comeces por ler a nossa página de introdução.
sábado, 8 de janeiro de 2011
Breve histórico da ressignificação da Ayahausca na religião Santo Daime
Artigo de Isabela Lara de Oliveira publicado no atual número da Revista Interthesis. Disponível na ítegra em: http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/interthesis/article/view/13472/16333
Resumo
A Ayahuasca é um chá com propriedades psicoativas, utilizado milenarmente pela população nativa amazônica. A partir do início do século XX, a população não índia passou a ter contato com a bebida e formaram-se novos contextos de utilização desse chá, além de novos significados para ele. Entre esses contextos encontra-se a religião Santo Daime, uma religião brasileira, cristã, de cultura essencialmente oral. O presente artigo analisa o processo de ressignificação da Ayahuasca nessa religião entre as décadas de 30 e 60. A hipótese que se coloca é que a ressignificação da Ayahuasca no contexto da religião se insere no processo dialético mais amplo de construção social de significados que fundamenta a constituição da religião. Como metodologia foi utilizada a análise do conteúdo das memórias e das histórias orais presentes na religião. A partir dessa análise, observou-se que o processo de ressignificação da Ayahuasca é um evento contínuo, inserido no processo dialético de formação da religião; que inicialmente a bebida era percebida pelos seguidores como uma droga e que foi progressivamente ganhando o significado de sacramento cristão. No presente, delineia-se a construção de outro significado para a bebida: patrimônio histórico e cultural da nação brasileira.
Resumo
A Ayahuasca é um chá com propriedades psicoativas, utilizado milenarmente pela população nativa amazônica. A partir do início do século XX, a população não índia passou a ter contato com a bebida e formaram-se novos contextos de utilização desse chá, além de novos significados para ele. Entre esses contextos encontra-se a religião Santo Daime, uma religião brasileira, cristã, de cultura essencialmente oral. O presente artigo analisa o processo de ressignificação da Ayahuasca nessa religião entre as décadas de 30 e 60. A hipótese que se coloca é que a ressignificação da Ayahuasca no contexto da religião se insere no processo dialético mais amplo de construção social de significados que fundamenta a constituição da religião. Como metodologia foi utilizada a análise do conteúdo das memórias e das histórias orais presentes na religião. A partir dessa análise, observou-se que o processo de ressignificação da Ayahuasca é um evento contínuo, inserido no processo dialético de formação da religião; que inicialmente a bebida era percebida pelos seguidores como uma droga e que foi progressivamente ganhando o significado de sacramento cristão. No presente, delineia-se a construção de outro significado para a bebida: patrimônio histórico e cultural da nação brasileira.
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Abertas inscrições para o XXVIII Congresso Internacional de Sociologia
Por: Ascom - UFPE
De 6 a 10 de setembro, a UFPE sediará o XXVIII Congresso Internacional da Associação Latino-Americana de Sociologia (ALAS). As inscrições deverão ser feitas no site do evento, onde estão disponíveis os preços e prazos para aqueles que vão participar do Congresso apresentando trabalho ou como ouvintes. O evento terá 28 eixos temáticos (GTs) e os estudiosos nas teorias sociais clássicas e contemporâneas sobre/na América Latina já podem se inscrever para compor GT 17 – Pensamento Latino-Americano e Teoria Social. “Trata-se da chance rara de se compartilhar esforços intelectuais empreendidos diante dos desafios e dos rumos das ciências sociais no século 21”, acredita a professora da UFPE Eliane Veras, uma das coordenadoras do Congresso. O evento, que reunirá pesquisadores em pensamento latino-americano e em teoria social, será coordenado ainda pelos docentes Adelia Ribeiro (Universidade Federal do Espírito Santo), Marcelo Arnold (Universidad de Chile), Cesar Germana (Universidad de San Marco - Peru) e Pablo de Marinis (Universidad de Buenos Aires).
Mais informações
Pós-Graduação em Sociologia
(81) 2126.8285
Site do XXVIII Congresso ALAS
http://www.alas2011recife.com
De 6 a 10 de setembro, a UFPE sediará o XXVIII Congresso Internacional da Associação Latino-Americana de Sociologia (ALAS). As inscrições deverão ser feitas no site do evento, onde estão disponíveis os preços e prazos para aqueles que vão participar do Congresso apresentando trabalho ou como ouvintes. O evento terá 28 eixos temáticos (GTs) e os estudiosos nas teorias sociais clássicas e contemporâneas sobre/na América Latina já podem se inscrever para compor GT 17 – Pensamento Latino-Americano e Teoria Social. “Trata-se da chance rara de se compartilhar esforços intelectuais empreendidos diante dos desafios e dos rumos das ciências sociais no século 21”, acredita a professora da UFPE Eliane Veras, uma das coordenadoras do Congresso. O evento, que reunirá pesquisadores em pensamento latino-americano e em teoria social, será coordenado ainda pelos docentes Adelia Ribeiro (Universidade Federal do Espírito Santo), Marcelo Arnold (Universidad de Chile), Cesar Germana (Universidad de San Marco - Peru) e Pablo de Marinis (Universidad de Buenos Aires).
Mais informações
Pós-Graduação em Sociologia
(81) 2126.8285
Site do XXVIII Congresso ALAS
http://www.alas2011recife.com
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