Espaço aberto àqueles que se interessam pelo fenômeno cultural do consumo de substâncias psicoativas e que queiram compartilhar informações relativas ao uso de drogas ou de plantas de poder. Bibliografias, perspectivas de estudo, construções epistemológicas, eventos culturais, científicos e experiências de pesquisa serão recorrentes nesse espaço de esclarecimento.
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Câmara recifense discute marcha da maconha e utilização da droga para fins medicinais
Postado em: http://geraldofreire.uol.com.br Em 28.04.10, às 14h45.
Parlamentares, profissionais da saúde e ativistas do movimento pela liberação da maconha no Brasil discutiram o uso da Cannabis sativa - nome científico da planta - para fins medicinais, em audiência pública no plenarinho da Câmara Recife. A audiência convocada pelo vereador Osmar Ricardo (PT), anunciou que no próximo domingo, dia 2 de maio, será realizada a Marcha da Maconha.
O biólogo José Arturo Escobar, membro do Grupo de Estudos de Álcool e outras Drogas da UFPE, defendeu a criação da Agência Brasileira da Cannabis Medicinal para regulamentar a produção e distribuição da droga. “A maconha com seus princípios ativos é indicada para pacientes em quimioterapia para combater náuseas e enjôos. Também pode ser usada em casos de espasmos musculares, epilepsia, insônia e depressão”.
De acordo com Giliate Coelho, médico de saúde da família, a Cannabis já era usada como medicamento há mais de dois mil anos pelos chineses. “Atualmente, a droga é permitida para uso medicinal em países como o Canadá, Reino Unido, Bélgica, Holanda, Espanha, EUA, Argentina, Israel, Itália. Como analgésico, a Cannabis é duzentas vezes mais poderosa do que a morfina”. Ele falou também sobre estudos que comprovam a eficácia da maconha no tratamento de dependentes de outras drogas como o crack e a cocaína. Nestes casos, a Cannabis atua no combate aos sintomas de abstinência.
Já o vereador Luiz Eustáquio (PT), presidente da Comissão de Saúde da Câmara, considera perigosa e desnecessária a liberação da droga para fins medicinais. “Existem outros tipos de drogas com efeitos até maiores do que a maconha. Ela vicia e aprisiona as pessoas, afastando-as do convívio familiar e social. Um cigarro de maconha equivale, segundo alguns estudos, a vinte cigarros comuns no potencial cancerígeno”. Eustáquio é também é contra a Marcha da Maconha.
Um dos organizadores do evento no Recife, o historiador Gilberto Borges, garantiu que a marcha não faz apologia ao uso da maconha. “É um movimento que acontece em 300 países e quer regulamentar a distribuição e o consumo da Cannabis. A proibição alimenta o tráfico, que movimenta bilhões de dólares e gera guerras em todo o mundo. Ao longo dos tempos, todos os povos, de todas as civilizações, usaram algum tipo de droga”.
Para o vereador Osmar Ricardo a audiência pública atingiu o objetivo de discutir pontos de vista divergentes sobre a liberação da maconha. Ele defendeu o aprofundamento ainda maior do debate: “Existe um grande preconceito, mas precisamos levar esta discussão para toda a sociedade, que ganhará destaque com a Marcha da Maconha. Todos têm o direito de se expressar e defender o que acredita. Participa quem quer”.
Comunidades Tradicionais da Amazônia são tema de Simpósio em Manaus
O Centro de Estudos Superiores do Trópico Úmido da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), através do Núcleo Sociedade e Culturas Amazônicas (NCSA), vai realizar, de 14 a 16 de julho, o Simpósio Internacional sobre Conhecimentos Tradicionais na Pan-Amazônia. O evento, que ocorrerá na cidade de Manaus, é um espaço para o diálogo e troca de experiências sobre as questões relativas aos saberes dos povos e comunidades tradicionais.
Estarão presentes pesquisadores, representantes de povos e comunidades tradicionais, de organizações não-governamentais e dos países da região amazônica (Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname, Venezuela e Guiana Francesa). Segundo a UEA, “O encontro foi programado para atender à demanda de pesquisadores e movimentos sociais, objetivando o aprofundamento das discussões sobre a regulação jurídica dos conhecimentos tradicionais e a relação desses saberes com territorialidades específicas”.
O Simpósio, que visa receber um público amplo e difuso, possui o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação Ford. O NCSA conta com o banco de dados do Instituto de Referência Cultural sobre Povos e Comunidades Tradicionais, resultado dos trabalhos desenvolvidos durante seis anos por pesquisadores do Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia.
Mais informações
http://www.novacartografiasocial.com/simposio_pan_amazonia.asp
conhecimentostradicionais.pncsa@yahoo.com.br
Estarão presentes pesquisadores, representantes de povos e comunidades tradicionais, de organizações não-governamentais e dos países da região amazônica (Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname, Venezuela e Guiana Francesa). Segundo a UEA, “O encontro foi programado para atender à demanda de pesquisadores e movimentos sociais, objetivando o aprofundamento das discussões sobre a regulação jurídica dos conhecimentos tradicionais e a relação desses saberes com territorialidades específicas”.
O Simpósio, que visa receber um público amplo e difuso, possui o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação Ford. O NCSA conta com o banco de dados do Instituto de Referência Cultural sobre Povos e Comunidades Tradicionais, resultado dos trabalhos desenvolvidos durante seis anos por pesquisadores do Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia.
Mais informações
http://www.novacartografiasocial.com/simposio_pan_amazonia.asp
conhecimentostradicionais.pncsa@yahoo.com.br
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Marcha da Maconha em Recife
Caros amigos como vão? Atendendo a muitos pedidos, estou divulgando aqui no blog a Marcha da Maconha que acontecerá em Recife no dia 02 de maio desse ano, no Bairro do Recife Antigo, centro da cidade. A marcha recifense já acontece há três anos, sem maiores transtornos devido à mobilização militante das pessoas que a organizam. Deixo aqui o panfleto para os interessados. Grande abraço...
Reportagem da Folha de São Paulo sobre ayahuasca, depressão e dependência
26/04/2010 - 07h00
Pesquisas testam potencial benefício da ayahuasca contra depressão e dependência:
Cristina Almeida,
Especial para UOL Ciência e Saúde
Cepa da alma. Este é o significado etimológico do nome dado à bebida obtida da fervura das plantas Banisteriopsis caapi e Psychotria viridis, a ayahuasca, ou hoasca, também conhecida como chá do Santo Daime. Permitida apenas em cerimônias religiosas, o composto tem sido alvo de pesquisas e pode vir a ser útil para o tratamento da depressão e até da dependência química.
O psiquiatra Jaime Hallak, professor da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) - Ribeirão Preto afirma que, apesar desse grande potencial, o que existe de concreto no momento são estudos preliminares que evidenciam alguns benefícios à saúde. “Os modelos experimentais com animais e os relatos esporádicos com humanos sugerem indicações como antidepressivo e ansiolítico”.
Hallak coordena pesquisas que investigam os princípios ativos da ayahuasca, além dos seus eventuais usos clínicos. Parte desses trabalhos prevê a observação de neuroimagens funcionais para identificar as áreas cerebrais estimuladas pela substância.
“Para pesquisadores em neurociências, a ayahuasca é um instrumento poderoso. Como psiquiatra, entendo que ela é uma rica fonte de estudos, especialmente por sua capacidade de provocar alterações nos estados da consciência”, diz.
“A meta é aprender mais sobre a mecânica biológica que permite ao cérebro criar ou modificar seu funcionamento, dando oportunidade ao surgimento dessas alterações”, acrescenta.
Meditação ou alucinação?
Na opinião do médico Wilson Gonzaga, psiquiatra integrante do grupo multidisciplinar do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (Conad), responsável pela resolução que regulamentou o uso religioso da ayahuasca no Brasil, essa é uma importante distinção a ser feita. “Ampliar a consciência não significa ter alucinação em seu sentido pejorativo", explica.
Segundo ele, ampliar a consciência é alcançar um estado mental que permite uma reflexão profunda, semelhante à meditação. Já a alucinação é uma percepção alterada da realidade.
Primeiros estudos
O primeiro e maior estudo realizado sobre a bebida, dirigido pelo especialista em ciências botânicas Dennis J. Mackeena, da Universidade de Minnesota (EUA), relatou que a possibilidade de ampliação da consciência já tinha sido observada antes pelo antropólogo Michael Winkelman, ex-professor da Universidade do Arizona, que definiu essa propriedade como "psicointegradora".
Essa pesquisa, publicada pela revista científica Pharmacologics&Therapeutics em 2004, mostrou que o uso da ayahuasca em comunidades religiosas visava também o tratamento de alcoolismo e abuso de drogas. Consta do estudo que a maioria das pessoas com histórico de dependência e recuperação, atribuía ao consumo do chá essa mudança comportamental.
Naquela ocasião, o pesquisador foi prudente em ressaltar que o fato poderia ser resultado do apoio social e do ambiente psicológico oferecidos pelas comunidades. Entretanto, um detalhe não escapou à sua observação: nos quadros de alcoolismo severo, há alterações nos níveis de serotonina. Concluiu-se, então, que fatores bioquímicos ligados à ayahuasca estariam envolvidos na modificação da qualidade de vida dos usuários. Para ilustrar o assunto, Mackeena referenciou uma notícia veiculada pela BBC News, que citava a ayahuasca como coadjuvante da psicoterapia no tratamento de dependências químicas numa clínica do Peru.
SAIBA MAIS SOBRE A AYAHUASCA
O que é - A bebida é obtida através da combinação da planta Banisteriopsis caapi (mariri) e outras ervas que são maceradas ou aferventadas, como a Psychotria viridis (chacrona ou rainha)
Como funciona - A atividade farmacológica da ayahuasca é única, pois depende da interação das substâncias contidas nas plantas. A B. caapi contém os alcaloides harmina, tetra-hidro-harmina (THH) e, em menor quantidade, harmalina. A P. viridis, por sua vez, fornece a triptamina alucinógena de ação ultrarrápida, a N-dimetiltriptamina (DMT). A modulação da DMT é promovida pelos efeitos ativos da B. caapi). E essas substâncias têm como função mais conhecida bloquear a enzima monoaminooxidase (MAO), permitindo que o DMT seja absorvido pelo sistema digestivo. Como elas são psicoativas, possuem efeito sedativo semelhante ao harmano (também conhecido como passiflorina, alcaloide presente em uma outra trepadeira da família do B. caapi, o maracujá).
Efeitos - O consumidor do chá pode vivenciar percepções sensoriais sem estímulos externos. Na maioria das vezes, a pessoa permanece consciente de que está sob efeito da ayahuasca, e mantém controle de suas ações. Indivíduos que fazem uso da bebida regularmente descrevem capacidade de maior compreensão de aspectos espirituais de sua própria vida.
Tempo de ação - o consumo de 100ml da bebida requer 30 minutos para entrar na corrente sanguínea e atuar sobre o cérebro. Esse efeito pode durar até quatro horas. Já a sensação de bem-estar e tranquilidade costuma se prolongar, segundo usuários.
Fontes: Jaime Hallak, professor do Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - Ribeirão Preto (FMUSP-RP) e Luís Fernando Tófoli, médico psiquiatra e professor adjunto de Psiquiatria da Universidade Federal do Ceará (Ufce)
As pesquisas em curso hoje buscam saber como os componentes do chá atuam no organismo, qual é o perfil de seus consumidores, e quais são seus efeitos no comportamento e nas habilidades intelectuais e cognitivas, como diz o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, coordenador do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes (Proad) do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). “Sem resposta para essas questões, é impossível reconhecer a existência efetiva desses poderes curativos”, pondera. Apesar dessa convicção, o médico admite que diversas pessoas abandonaram um quadro de dependência química ao ingressar nessas seitas daimistas.
Riscos
Os especialistas são unânimes sobre o fato de que a bebida não deve ser consumida de forma deliberada. “Não é porque uma substância é natural que o abuso está autorizado. Exemplos disso são a maconha e o álcool”, observa Silveira. Como não se conhecem os possíveis efeitos tóxicos da ayahuasca, nem sua ação sobre o sistema nervoso central em formação, a bebida é contraindicada para crianças e grávidas.
De um modo geral, os especialistas contraindicam a bebida para pessoas com transtornos psiquiátricos. "A atenção deve ser redobrada se a pessoa é portadora de esquizofrenia ou transtorno bipolar, pelo risco potencial de agudização do quadro”, completa Hallak.
A ayahuasca também não deve ser consumida por quem usa antidepressivos. O psiquiatra Luís Fernando Tófoli, professor adjunto da Universidade Federal do Ceará (Ufce), e coordenador da Comissão de Saúde Mental da União do Vegetal, declara que existe um estudo que alerta sobre o risco potencial de uma reação grave, potencialmente letal, na interação entre a ayahuasca e certos inibidores de recaptação de serotonina, como o Prozac. Tófoli acredita que a advertência é exagerada, pois nunca se teve notícia de quadros graves. Por outro lado, faz uma recomendação específica: “A bebida jamais deve ser consumida com medicamento conhecido por tranilcipromina, um antidepressivo pouco utilizado, mas disponível no mercado”.
“Pessoas com doenças físicas graves devem receber quantidades reduzidas ou muito reduzidas, porque pode ocorrer aumento leve dos batimentos cardíacos e da pressão, além da ocorrência de vômitos ou, mais raramente, diarreia”, previne, ainda, Tófoli.
Outra precaução apontada por Hallak é evitar a bebida após o consumo de alimentos que contenham tiramina (queijos, chocolates, carnes em conserva, salsichas, bebidas alcoólicas, lentilha, amendoim etc.). A combinação das substâncias pode resultar no aumento da pressão sanguínea arterial. Quanto aos possíveis efeitos colaterais, o psiquiatra diz que as reações mais comuns são náuseas, vômitos e diarreia.
Indagado sobre quanto tempo ainda seria necessário para a conclusão dos estudos e da eventual comercialização de medicamentos à base da ayahuasca, o especialista declara: “É importante que a população entenda que um dos objetivos mais importantes das pesquisas é conferir segurança ao uso dessa substância. Como todos os estudos ainda estão em sua fase preliminar, estimo que ainda deveremos esperar ao menos 10 anos até que os princípios ativos da ayahuasca possam ser comercializados”, avisa.
Pesquisas testam potencial benefício da ayahuasca contra depressão e dependência:
Cristina Almeida,
Especial para UOL Ciência e Saúde
Cepa da alma. Este é o significado etimológico do nome dado à bebida obtida da fervura das plantas Banisteriopsis caapi e Psychotria viridis, a ayahuasca, ou hoasca, também conhecida como chá do Santo Daime. Permitida apenas em cerimônias religiosas, o composto tem sido alvo de pesquisas e pode vir a ser útil para o tratamento da depressão e até da dependência química.
O psiquiatra Jaime Hallak, professor da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) - Ribeirão Preto afirma que, apesar desse grande potencial, o que existe de concreto no momento são estudos preliminares que evidenciam alguns benefícios à saúde. “Os modelos experimentais com animais e os relatos esporádicos com humanos sugerem indicações como antidepressivo e ansiolítico”.
Hallak coordena pesquisas que investigam os princípios ativos da ayahuasca, além dos seus eventuais usos clínicos. Parte desses trabalhos prevê a observação de neuroimagens funcionais para identificar as áreas cerebrais estimuladas pela substância.
“Para pesquisadores em neurociências, a ayahuasca é um instrumento poderoso. Como psiquiatra, entendo que ela é uma rica fonte de estudos, especialmente por sua capacidade de provocar alterações nos estados da consciência”, diz.
“A meta é aprender mais sobre a mecânica biológica que permite ao cérebro criar ou modificar seu funcionamento, dando oportunidade ao surgimento dessas alterações”, acrescenta.
Meditação ou alucinação?
Na opinião do médico Wilson Gonzaga, psiquiatra integrante do grupo multidisciplinar do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (Conad), responsável pela resolução que regulamentou o uso religioso da ayahuasca no Brasil, essa é uma importante distinção a ser feita. “Ampliar a consciência não significa ter alucinação em seu sentido pejorativo", explica.
Segundo ele, ampliar a consciência é alcançar um estado mental que permite uma reflexão profunda, semelhante à meditação. Já a alucinação é uma percepção alterada da realidade.
Primeiros estudos
O primeiro e maior estudo realizado sobre a bebida, dirigido pelo especialista em ciências botânicas Dennis J. Mackeena, da Universidade de Minnesota (EUA), relatou que a possibilidade de ampliação da consciência já tinha sido observada antes pelo antropólogo Michael Winkelman, ex-professor da Universidade do Arizona, que definiu essa propriedade como "psicointegradora".
Essa pesquisa, publicada pela revista científica Pharmacologics&Therapeutics em 2004, mostrou que o uso da ayahuasca em comunidades religiosas visava também o tratamento de alcoolismo e abuso de drogas. Consta do estudo que a maioria das pessoas com histórico de dependência e recuperação, atribuía ao consumo do chá essa mudança comportamental.
Naquela ocasião, o pesquisador foi prudente em ressaltar que o fato poderia ser resultado do apoio social e do ambiente psicológico oferecidos pelas comunidades. Entretanto, um detalhe não escapou à sua observação: nos quadros de alcoolismo severo, há alterações nos níveis de serotonina. Concluiu-se, então, que fatores bioquímicos ligados à ayahuasca estariam envolvidos na modificação da qualidade de vida dos usuários. Para ilustrar o assunto, Mackeena referenciou uma notícia veiculada pela BBC News, que citava a ayahuasca como coadjuvante da psicoterapia no tratamento de dependências químicas numa clínica do Peru.
SAIBA MAIS SOBRE A AYAHUASCA
O que é - A bebida é obtida através da combinação da planta Banisteriopsis caapi (mariri) e outras ervas que são maceradas ou aferventadas, como a Psychotria viridis (chacrona ou rainha)
Como funciona - A atividade farmacológica da ayahuasca é única, pois depende da interação das substâncias contidas nas plantas. A B. caapi contém os alcaloides harmina, tetra-hidro-harmina (THH) e, em menor quantidade, harmalina. A P. viridis, por sua vez, fornece a triptamina alucinógena de ação ultrarrápida, a N-dimetiltriptamina (DMT). A modulação da DMT é promovida pelos efeitos ativos da B. caapi). E essas substâncias têm como função mais conhecida bloquear a enzima monoaminooxidase (MAO), permitindo que o DMT seja absorvido pelo sistema digestivo. Como elas são psicoativas, possuem efeito sedativo semelhante ao harmano (também conhecido como passiflorina, alcaloide presente em uma outra trepadeira da família do B. caapi, o maracujá).
Efeitos - O consumidor do chá pode vivenciar percepções sensoriais sem estímulos externos. Na maioria das vezes, a pessoa permanece consciente de que está sob efeito da ayahuasca, e mantém controle de suas ações. Indivíduos que fazem uso da bebida regularmente descrevem capacidade de maior compreensão de aspectos espirituais de sua própria vida.
Tempo de ação - o consumo de 100ml da bebida requer 30 minutos para entrar na corrente sanguínea e atuar sobre o cérebro. Esse efeito pode durar até quatro horas. Já a sensação de bem-estar e tranquilidade costuma se prolongar, segundo usuários.
Fontes: Jaime Hallak, professor do Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - Ribeirão Preto (FMUSP-RP) e Luís Fernando Tófoli, médico psiquiatra e professor adjunto de Psiquiatria da Universidade Federal do Ceará (Ufce)
As pesquisas em curso hoje buscam saber como os componentes do chá atuam no organismo, qual é o perfil de seus consumidores, e quais são seus efeitos no comportamento e nas habilidades intelectuais e cognitivas, como diz o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, coordenador do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes (Proad) do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). “Sem resposta para essas questões, é impossível reconhecer a existência efetiva desses poderes curativos”, pondera. Apesar dessa convicção, o médico admite que diversas pessoas abandonaram um quadro de dependência química ao ingressar nessas seitas daimistas.
Riscos
Os especialistas são unânimes sobre o fato de que a bebida não deve ser consumida de forma deliberada. “Não é porque uma substância é natural que o abuso está autorizado. Exemplos disso são a maconha e o álcool”, observa Silveira. Como não se conhecem os possíveis efeitos tóxicos da ayahuasca, nem sua ação sobre o sistema nervoso central em formação, a bebida é contraindicada para crianças e grávidas.
De um modo geral, os especialistas contraindicam a bebida para pessoas com transtornos psiquiátricos. "A atenção deve ser redobrada se a pessoa é portadora de esquizofrenia ou transtorno bipolar, pelo risco potencial de agudização do quadro”, completa Hallak.
A ayahuasca também não deve ser consumida por quem usa antidepressivos. O psiquiatra Luís Fernando Tófoli, professor adjunto da Universidade Federal do Ceará (Ufce), e coordenador da Comissão de Saúde Mental da União do Vegetal, declara que existe um estudo que alerta sobre o risco potencial de uma reação grave, potencialmente letal, na interação entre a ayahuasca e certos inibidores de recaptação de serotonina, como o Prozac. Tófoli acredita que a advertência é exagerada, pois nunca se teve notícia de quadros graves. Por outro lado, faz uma recomendação específica: “A bebida jamais deve ser consumida com medicamento conhecido por tranilcipromina, um antidepressivo pouco utilizado, mas disponível no mercado”.
“Pessoas com doenças físicas graves devem receber quantidades reduzidas ou muito reduzidas, porque pode ocorrer aumento leve dos batimentos cardíacos e da pressão, além da ocorrência de vômitos ou, mais raramente, diarreia”, previne, ainda, Tófoli.
Outra precaução apontada por Hallak é evitar a bebida após o consumo de alimentos que contenham tiramina (queijos, chocolates, carnes em conserva, salsichas, bebidas alcoólicas, lentilha, amendoim etc.). A combinação das substâncias pode resultar no aumento da pressão sanguínea arterial. Quanto aos possíveis efeitos colaterais, o psiquiatra diz que as reações mais comuns são náuseas, vômitos e diarreia.
Indagado sobre quanto tempo ainda seria necessário para a conclusão dos estudos e da eventual comercialização de medicamentos à base da ayahuasca, o especialista declara: “É importante que a população entenda que um dos objetivos mais importantes das pesquisas é conferir segurança ao uso dessa substância. Como todos os estudos ainda estão em sua fase preliminar, estimo que ainda deveremos esperar ao menos 10 anos até que os princípios ativos da ayahuasca possam ser comercializados”, avisa.
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Professores da UFPE participam do I Ciclo de Debates Budismo e Diálogos Contemporâneos
Por: Ascom-UFPE
Organizado pelo Centro de Estudos Budistas Bodisatva (CEBB) e pelo Mestrado de Ciências da Religião da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), o I Ciclo de Debates Budismo e Diálogos contemporâneos contará com a participação de professores da UFPE. Meditação, educação, diálogo inter-religioso e meio ambiente serão os temas abordados nesta edição, que tem como objetivo discutir como diferentes setores da sociedade podem efetivar as transformações desejadas para o nosso mundo.
A palestra de abertura de Lama Padma Samten, fundador do CEBB, será segunda-feira (26), às 20h, no Libertas Socializante (Rua Rodrigues Sete, 158 – Casa Amarela. A contribuição sugerida é de R$ 20,00.
Na terça-feira (27), o debate sobre meditação e qualidade de vida na Livraria Cultura contará com a participação do professor José Policarpo Júnior (PPGE/UFPE), Antônio Carlos Valença (praticante de meditação cristã) e do coordenador do Seirenjki (Centro Zen do Recife) Gilliate Mokudô.
O meio ambiente será o tema da quarta-feira (28), com o professor Gustavo Lima (Pós-Graduação em Ciências Sociais/UFPE), professor Lúcio Flávio (Teologia/Unicap) e Thomas Enlazador (fundador da comunidade Bicho do Mato). A discussão acontecerá no Espaço Loyola da Unicap (térreo do bloco B).
No mesmo local, das 17h às 19h da quinta-feira (29), o professor Alexandre Freitas (PPGE/UFPE) estará presente para debater sobre educação juntamente com Janise Paiva (educadora/Pedagogia Waldof) e Luiz Libório (Ciências da Religião/Unicap).
Fechando o ciclo, a sexta-feira (30) abre o espaço das 8h às 10h para o diálogo entre religiões no Centro Rio Ganges (Rua dos Prazeres, 248). Representantes de diversas tradições espirituais se reunirão para abordar a cultura de paz, além da presença de Antonui Guinho (escritor e psicanalista) e o professor Sérgio Douet (Unicap).
Mais informações
joao@cebb.org.br
Organizado pelo Centro de Estudos Budistas Bodisatva (CEBB) e pelo Mestrado de Ciências da Religião da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), o I Ciclo de Debates Budismo e Diálogos contemporâneos contará com a participação de professores da UFPE. Meditação, educação, diálogo inter-religioso e meio ambiente serão os temas abordados nesta edição, que tem como objetivo discutir como diferentes setores da sociedade podem efetivar as transformações desejadas para o nosso mundo.
A palestra de abertura de Lama Padma Samten, fundador do CEBB, será segunda-feira (26), às 20h, no Libertas Socializante (Rua Rodrigues Sete, 158 – Casa Amarela. A contribuição sugerida é de R$ 20,00.
Na terça-feira (27), o debate sobre meditação e qualidade de vida na Livraria Cultura contará com a participação do professor José Policarpo Júnior (PPGE/UFPE), Antônio Carlos Valença (praticante de meditação cristã) e do coordenador do Seirenjki (Centro Zen do Recife) Gilliate Mokudô.
O meio ambiente será o tema da quarta-feira (28), com o professor Gustavo Lima (Pós-Graduação em Ciências Sociais/UFPE), professor Lúcio Flávio (Teologia/Unicap) e Thomas Enlazador (fundador da comunidade Bicho do Mato). A discussão acontecerá no Espaço Loyola da Unicap (térreo do bloco B).
No mesmo local, das 17h às 19h da quinta-feira (29), o professor Alexandre Freitas (PPGE/UFPE) estará presente para debater sobre educação juntamente com Janise Paiva (educadora/Pedagogia Waldof) e Luiz Libório (Ciências da Religião/Unicap).
Fechando o ciclo, a sexta-feira (30) abre o espaço das 8h às 10h para o diálogo entre religiões no Centro Rio Ganges (Rua dos Prazeres, 248). Representantes de diversas tradições espirituais se reunirão para abordar a cultura de paz, além da presença de Antonui Guinho (escritor e psicanalista) e o professor Sérgio Douet (Unicap).
Mais informações
joao@cebb.org.br
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Entrevista Wilson Gonzaga no Jô Soares
Olá amigos. Não sei se vocês assistiram ontem o programa do Jô, mas passou uma entrevista bem bacana do psicanalista e mestre Dr. Wilson Gonzaga. O tema da entrevista foi sobre o uso da Ayahuasca. O Mestre Wilson Gonzaga deu uma entrevista muito pontual, lúcida, elucidativa, apesar das palhaçadas do Jô. Falou das linhas ayahuasqueiras, do seu contato e de sua família com a bebida, da purga provocada pelo chá, dos cantos, da impossibilidade do uso recreativo... Falou também do caso Glauco e a meu ver pecou apenas ao denominar a Barquinha como seita. Ainda levou para o Jô uma amostra do cipó Marirí e uma muda de Chacrona. Separei os vídeos aqui no youtube para vocês. Abração. Luz, paz e amor...
segunda-feira, 19 de abril de 2010
XXI Simpósio de Plantas Medicinais do Brasil
Quando? 14/09/2010 a 17/09/2010. Limite Propostas? 31/05/2010. Onde? Brasil, João Pessoa, State of Paraíba.
The Simpósio de Plantas Medicinais do Brasil is a biannual event directed to students, researchers, and other health professionals interested in the main advances on the knowledge of medicinal plants. The joint event will include renowned lecturers from Brazil and abroad, discussing the various themes relevant to medicinal plant research, such as agronomy, botany, pharmacobotany, chemistry, ethnopharmacology, pharmacology and all its correlated disciplines. Considering the approval of the National Policy of Medicinal Plants and Phytomedicines, the XXI SPMB will also provide an opportunity for analysis and reflexion of the current situation.
Maiores detalhes e inscrições:
http://21spmb.com.br/english/?p=historico
The Simpósio de Plantas Medicinais do Brasil is a biannual event directed to students, researchers, and other health professionals interested in the main advances on the knowledge of medicinal plants. The joint event will include renowned lecturers from Brazil and abroad, discussing the various themes relevant to medicinal plant research, such as agronomy, botany, pharmacobotany, chemistry, ethnopharmacology, pharmacology and all its correlated disciplines. Considering the approval of the National Policy of Medicinal Plants and Phytomedicines, the XXI SPMB will also provide an opportunity for analysis and reflexion of the current situation.
Maiores detalhes e inscrições:
http://21spmb.com.br/english/?p=historico
11.º Congresso da Sociedade Internacional de Etnofarmacologia e o I Encontro Hispanico-Português de Etnobiologia
Quando? 20/09/2010 a 25/09/2010. Onde? Espanha, Albacete (Castilla-La Mancha).
Dentre os principais temas do Congresso contam-se os seguintes: Etnofarmacologia e diversidade biocultural; Etnofarmacologia e Etnobotânica na região do Mediterrâneo e na sua relação com as Américas; Das terapêuticas tradicionais às medicinas modernas: estudos fitoquímicos, farmacológicos e clínicos; O papel das ONGs na Etnofarmacologia; Relações entre História e Etnofarmacologia; Relações entre plantas medicinais e alimentícias.
Maiores informações e inscrições pelo site:
http://www.ipmuseus.pt/pt-T/patrimonio_imaterial/dpi_noticias/ContentDetail.aspx?id=2211
Dentre os principais temas do Congresso contam-se os seguintes: Etnofarmacologia e diversidade biocultural; Etnofarmacologia e Etnobotânica na região do Mediterrâneo e na sua relação com as Américas; Das terapêuticas tradicionais às medicinas modernas: estudos fitoquímicos, farmacológicos e clínicos; O papel das ONGs na Etnofarmacologia; Relações entre História e Etnofarmacologia; Relações entre plantas medicinais e alimentícias.
Maiores informações e inscrições pelo site:
http://www.ipmuseus.pt/pt-T/patrimonio_imaterial/dpi_noticias/ContentDetail.aspx?id=2211
Espaço Ciência realiza evento em homenagem à cultura indígena
Por: Acessoria do Espaço Ciência.
O que você sabe sobre a cultura indígena? Como os índios caçam, pescam ou pintam seus corpos? Em comemoração ao dia do índio (19 de abril), o Espaço Ciência realizará de hoje (19) ao dia 30 deste mês a Quinzena dos Povos Indígenas. O objetivo é esclarecer aos visitantes sobre a importância da cultura indígena na formação do povo pernambucano.
A programação conta com diversas atividades para jovens e crianças. Os menores poderão se pintar ou brincar como os índios participando das oficinas “Urucum e Jenipapo: Pinturas corpóreas indígenas” e “Jogos Indígenas”. Para os adolescentes que querem aprender sobre a influência indígena na cultura pernambucana, o Espaço Ciência preparou a oficina “Tem coisa de índio nesse Maracatu”. Os visitantes poderão participar de outras oficinas que tratam da astronomia, arte e artesanato, e a relação dos povos indígenas com os animais e a terra.
CONSCIENTIZANDO - Os participantes do projeto CLICidadão, programa de inclusão digital do Espaço Ciência, também participarão da Quinzena dos Povos Indígenas. Os alunos irão assistir ao documentário de Darcy Ribeiro “Povo Brasileiro - Matriz Tupi” e debaterão sobre a Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008 que estabelece a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, no currículo escolar ”
ÍNDIOS EM PERNAMBUCO - Segundo dados da Fundação Nacional do Índio (Funai), Atikum, Fulni-ô, Kambiwá, Kapinawá, Pankararú, Truká, Tuxá e Xucuru são os grupos indígenas que existem em Pernambuco e somam mais de 23 mil pessoas.
Agendamento de vistas
(81) 3183.5531
Localização: Espaço Ciência - Memorial Arcoverde, Parque II (entrada em frente ao Centro de Convenções).
Mais informações
(81) 3183.5527
comunicacaoec@gmail.com
O que você sabe sobre a cultura indígena? Como os índios caçam, pescam ou pintam seus corpos? Em comemoração ao dia do índio (19 de abril), o Espaço Ciência realizará de hoje (19) ao dia 30 deste mês a Quinzena dos Povos Indígenas. O objetivo é esclarecer aos visitantes sobre a importância da cultura indígena na formação do povo pernambucano.
A programação conta com diversas atividades para jovens e crianças. Os menores poderão se pintar ou brincar como os índios participando das oficinas “Urucum e Jenipapo: Pinturas corpóreas indígenas” e “Jogos Indígenas”. Para os adolescentes que querem aprender sobre a influência indígena na cultura pernambucana, o Espaço Ciência preparou a oficina “Tem coisa de índio nesse Maracatu”. Os visitantes poderão participar de outras oficinas que tratam da astronomia, arte e artesanato, e a relação dos povos indígenas com os animais e a terra.
CONSCIENTIZANDO - Os participantes do projeto CLICidadão, programa de inclusão digital do Espaço Ciência, também participarão da Quinzena dos Povos Indígenas. Os alunos irão assistir ao documentário de Darcy Ribeiro “Povo Brasileiro - Matriz Tupi” e debaterão sobre a Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008 que estabelece a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, no currículo escolar ”
ÍNDIOS EM PERNAMBUCO - Segundo dados da Fundação Nacional do Índio (Funai), Atikum, Fulni-ô, Kambiwá, Kapinawá, Pankararú, Truká, Tuxá e Xucuru são os grupos indígenas que existem em Pernambuco e somam mais de 23 mil pessoas.
Agendamento de vistas
(81) 3183.5531
Localização: Espaço Ciência - Memorial Arcoverde, Parque II (entrada em frente ao Centro de Convenções).
Mais informações
(81) 3183.5527
comunicacaoec@gmail.com
Psilocibina no Fantástico
Amigos saiu uma reportagem no fantástico sobre as novas pesquisas com a substância psilocibina encontradas nos cogumelos mágicos (Psilocybes). Saiu algo parecido no New York Times semana passada. É o retorno dos estudos das substâncias psicodélicas!
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Programa Estudos da Cultura- Cursos Avançados 2010 FUNDAJ
Maiores Informações:
Natália Barros Coordenadora de Difusão Cultural, Diretoria de Cultura - DIC
Fundação Joaquim Nabuco - FUNDAJ
81.3073-6659
81.8762-3430
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Simpósio Internacional por uma Agência Brasileira da Cannabis Medicinal?
Teatro Marcos Lindenberg. Universidade Federal de São Paulo, Campus São Paulo. Rua Botucatu, 862 – Vila Clementino – São Paulo/SP
Programação e demais informações no site: www.cannabismedicinal.org.br 0u pelo email:
contato@cannabismedicinal.org.br
contato@cannabismedicinal.org.br
Realização:
CEBRID (Centro Brasileiro de Informações Sobre Drogas Psicotrópicas).
Departamento de Psicobiologia da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo).
Comissão Organizadora:
E. A. Carlini - Presidente
Monica Levy Andersen
José Carlos Fernandes Galduróz
Paulo Eduardo Orlandi Mattos
Lucas de Oliveira Maia
Lyvia Izaura Gomes de Paula Freire
Graziella Rigueira Molska
Seminário reúne especialistas para debater temas relevantes à juventude
O Núcleo de Estudos Eleitorais, Partidários e da Democracia (NEEPD), ligado ao Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da UFPE, com o apoio financeiro do CNPq, promove nos dias 29 e 30 deste mês, o Seminário Nacional sobre Juventudes Pernambucanas, no Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Pernambuco (CFCH/UFPE). A pré-inscrição pode ser feita pelo e-mail neepd@ufpe.br ou otaviomachado3@yahoo.com.br, ou, ainda, pessoalmente no NEEPD.
O evento via reunir especialistas em juventude e movimentos juvenis para conferências, mesas-redondas e painéis, abertos para estudantes, pesquisadores e o público em geral, além de promover pré-lançamentos e lançamento de livros e uma exposição do projeto “Memória das Juventudes Pernambucanas”, do NEEPD.
Entre os temas que serão debatidos por estudiosos ligados à própria UFPE e a outras entidades da região Nordeste, questões da juventude contemporânea, suas manifestações políticas, estéticas e sociais. O evento visa estabelecer um intercâmbio entre pesquisadores locais e nacionais, de forma a incrementar o acervo de trabalhos e pesquisas sobre o tema e constituir uma rede de instituições e pessoas que estudam o assunto.
Participações confirmadas:
ADJAIR ALVES: Professor do Campus de Garanhuns da Universidade de Pernambuco (UPE). Atua como pesquisador nos seguintes temas: cultura, Infância, juventude, escola, família, gênero, estudos da contemporaneidade. Alguns dos seus trabalhos são: “Cultura Juvenil e Mudança Social: um diálogo com o movimento hip hop na periferia de Caruaru-PE”; “Hip hop: construindo um campo de luta pela cidadania”; “Culturas Juvenis na periferia de caruaru”; Galeras e o movimento de cultura de rua”. Coordena o projeto “Cultura e Política no Agreste de Pernambuco: uma interpretação das performances juvenis e suas linguagens no contexto social urbano”, cujo objetivo é explorar as formas como os jovens, urbanos, integrantes de movimentos culturais, das cidades que compõem a Mesorregião do agreste de Pernambuco, constroem suas formulações sociais sobre o mundo e sobre si mesmo. Como eles se percebem na estrutura social enquanto parte da realidade social.
JANICE TIRELLI: Professora e pesquisadora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Atua como extensionista junto às escolas públicas; organizações e movimentos sociais e movimentos comunitários relacionados do planejamento urbano, aos direitos humanos e coletivos juvenis. Demais temas de interesse: subjetividade contemporânea, sociologia urbana, cultura política, movimentos sociais e processos participativos. Autora de “Reinvenções da Utopia: a militância política de jovens nos anos 90”; “Os jovens anticapitalistas e a ressignificação das lutas coletivas”; “A Sociedade Vista pelas Gerações”; “Educação Política e as novas sociabilidades juvenis”; e vários outros trabalhos.
JOSÉ ALBERTO SALDANHA DE OLIVEIRA: Professor do Departamento de História da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). É coordenador da Pesquisa “Memórias Reveladas: as Lutas Políticas em Alagoas (1964-1985)”. É autor de “A UNE e o Mito do Poder Jovem”; “A Mitologia Estudantil: uma abordagem sobre o movimento estudantil alagoano”; “O movimento estudantil em Alagoas: uma abordagem e algumas reflexões” e outros trabalhos. Tem experiência na área de História , com ênfase em História do Brasil. Atuando principalmente nos seguintes temas: Memória, Mito político, Identidade, UNE.
LUIS ANTÔNIO GROPPO: Professor e pesquisador da Pós-Graduação da Universidade Salesiana de São Paulo. Atua como orientador e interlocutor de vários trabalhos relacionados à educação, juventude e participação. É autor de “Juventudes. Ensaios sobre Sociologia e História das Juventudes Modernas”; “1968: Retratos da Revolta Estudantil”; e “Introdução à Pesquisa em Educação”.
MICHEL ZAIDAN FILHO: Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política e do Departamento de História da UFPE. É coordenador do Projeto “Aspectos da Memória das Juventudes Pernambucanas: Novas Configurações e Transmutações (1973-1985)” (financiado pelo CNPq). Seus interesses de pesquisa e de debates giram em torno dos temas atuando principalmente nos seguintes temas: Juventude, Comunismo, Política, Brasil, Democracia e Política. É autor de “Juventude, Cidadania e Globalização: notas para uma agenda político-pedagógica”, Aspectos da Participação dos comunistas no movimento estudantil de Pernambuco (1920-1964)”, e “Movimento Estudantil Brasileiro e a Educação Brasileira” (co-participacao).
OTÁVIO LUIZ MACHADO: Pesquisador do Núcleo de Estudos Eleitorais, Partidários e da Democracia (NEEPD) da UFPE. É coordenador de atividades do Projeto “Memórias das Juventudes Pernambucanas (apoiado pela Proext-UFPE). Seus temas de interesse e de pesquisas estão voltados para a juventude universitária nos anos 1960, a juventude das periferias nos anos 1970 e a memória das juventudes brasileiras no século XX. É co-organizador de publicações e de pesquisas no âmbito do NEEPD, com destaque para “Movimentos Juvenis na Contemporaneidade”, e “Juventude e Movimento Estudantil: Ontem e Hoje”.
PATRÍCIA CRISTINA ARAGÃO ARAUJO: Professora do Departamento de História da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Atua com os principais temas: Identidade, História da Educação, Educação rural, Migrações, Literatura de cordel, Interculturalidade, Cultura, Cultura Afro-brasileira e Ensino de história. É autora dos trabalhos “Nos espaços da extensão universitária a inclusão de sujeitos e culturas: saberes que formam e educam”; “Aprendendo a conviver numa sociedade multifaceta", "Na pedagogia do Spray o lugar da Arte na rua: tecidas no grafite”.
REGINALDO VELOSO: Educador, Mestre em Teologia e História, escritor, compositor e especialista em liturgia. Padre Reginaldo Veloso, foi um dos fundadores do Iter - Instituto Teológico do Recife e um dos braços direitos de dom Helder Câmara. Ex-pároco do Morro da Conceição, atualmente é assessor das CEBs, do MAC e do MTC - Movimento de Trabalhadores Cristãos.
Serviço: Data: 29 e 30/04
Local: Auditório de Filosofia, 15º andar do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) da UFPE.
Inscrições: gratuitas para estudantes de graduação da UFPE; para outras categorias a taxa será de R$10,00
Mais informações:
(81) 2126.7351 ou 9715.7846 (Otávio); 8647.6632 (Maicon)
Ou pessoalmente na sala do Núcleo de Estudos Eleitorais, Partidários e da Democracia (NEEPD), CFCH-UFPE, 14º andar.
terça-feira, 13 de abril de 2010
Seminário debate multiculturalidade e movimento indígena
Para debater questões como multiculturalidade e justiça social e movimento indígena e interculturalidade, o Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFPE (PPGS) promoverá, na próxima sexta-feira (16), seminário com os professores David Lehmann, da University of Cambridge (Inglaterra), e Daniel Mato, da Universidade Nacional Tres Febrero, em Buenos Aires (Argentina). As palestras, abertas ao público, ocorrerão na Sala de Seminários do PPGS, no 12º Andar do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH).
Programação (dia 16 de abril)
9h – “Multiculturalidade e justiça social” – Prof. David Lehmann (University of Cambridge - Inglaterra).
11h – Reunião sobre Políticas de Ação Afirmativa no Brasil com o Prof. David Lehmann.
14h – “Movimento Indigena, Educación Superior e Interculturalidad com Equidad” – Prof. Daniel Mato (Universidade Nacional Tres Febrero - Argentina).
Programa de Pós-Graduação em Sociologia
(81) 2126.8285
domingo, 11 de abril de 2010
Chico Xavier: o filme, o livro e suas experiências com ayahuasca
Por: Juarez Duarte Bomfim
Jornal Feira Hoje: http://www.jornalfeirahoje.com.br/materia.asp?id=17000
Chico Xavier, o filme e o livro
— Sou um nada. Menos do que um nada.
— Fui mártir. Morri na arena devorada por um leão. E você Chico?
— Ah, eu fui a pulga do leão”.
— Eu, aqui, no meio dessas cabeças coroadas, com a cabeça decepada”.
— Estás mesmo disposto a trabalhar na mediunidade?
Um padre, a poucas poltronas de distância, reconheceu o desesperado e gritou:
“— O Chico Xavier está ali. Ele é médium, espírita, e está rezando conosco.
— Graças a Deus, padre, eu também estou rezando.
E continuou a berrar:
— Valei-me meu Deus”.
— O senhor não acha que estamos em perigo de vida?
— Sim, estão, responde Emmanuel. Chico contesta:
Emmanuel indignou-se:
“ — Você não acha melhor se calar? Dá testemunho da tua fé, da tua confiança na imortalidade”.
Chico defendeu seu direito de estar em pânico:
Emmanuel perdeu a paciência:
Quando Emmanuel virou as costas, Chico ainda resmungava:
— Quero saber como alguém pode morrer com educação...
— Você está vendo seu próprio mundo íntimo fora de você”.
Vejam o filme e leiam o livro
Ah se o Brasil tivesse outros Chico Xavier entre nós...
Sociólogo e mestre em Administração pela UFBA. Doutor em Geografia Humana pela Universidade de Salamanca, Espanha. Professor-adjunto do DCHF-UEFS. E-mail: juarezbomfim@uol.com.br
Jornal Feira Hoje: http://www.jornalfeirahoje.com.br/materia.asp?id=17000
Chico Xavier, o filme e o livro
Este anjo do Senhor viveu para a caridade e o amor ao próximo. A sua importância para o aprofundamento e difusão da doutrina espírita é indescritível.
Após séculos sem ir à cinema, contentando-me com o que o telecine me oferece, eis que inadvertidamente passo pela porta da sala de projeção, me vejo comprando caríssimo ingresso e, logo após, começa aquela viagem de emoções.
Falo do filme nacional baseado na adorável biografia de Chico, escrita pelo jornalista Marcel Souto Maior em 1994, revista e ampliada em 2003: “As vidas de Chico Xavier”, onde, ao lado de importantes dados biográficos do médium mineiro, narra divertidos e interessantes causos da sua vida – ou vidas.
Francisco Cândido Xavier (Chico Xavier) médium brasileiro, considerado o maior psicógrafo de todos os tempos (412 livros, 25 milhões de exemplares), nasceu em Pedro Leopoldo-MG, em 2 de Abril de 1910 e passou para a vida espiritual a 30 de junho de 2002, em Uberaba-MG, dia que o Brasil, feliz, comemorava o penta-campeonato de futebol. Foi embora assim num dia de alegria para o povo brasileiro – como ele desejava.
Este anjo do Senhor viveu para a caridade e o amor ao próximo. A sua importância para o aprofundamento e difusão da doutrina espírita é indescritível. As 16 obras da “Coleção André Luiz” – que inicia com o best seller “Nosso Lar”, mais os romances históricos do Espírito Emmanuel (“Há dois mil anos”, “Paulo e Estevão”...) colocam o nosso querido Chico no mesmo patamar de grandeza de Allan Kardec - o Codificador do Espiritismo.
A humildade foi um traço característico da personalidade de Chico Xavier: quando era aclamado como “porta-voz de Deus”, ele reagia se identificando como “uma besta encarregada de transportar documentos dos espíritos” ou, suavizando, dizia de si mesmo: sou “uma tomada entre dois mundos”.
E quando caravanas de fiéis e curiosos vindos de todo o Brasil o visitavam e levantaram dois milhões de assinaturas para indicá-lo ao Prêmio Nobel da Paz, Chico falava e repetia:
— Sou um nada. Menos do que um nada.
Se defendendo assim do excesso de assédio e para evitar a perigosa armadilha da vaidade. Aliás, vaidade que só cultivou em um período da sua vida — e vaidade estética: o uso de uma démodé peruca, abandonada na velhice.
Em relação a uma mania existente no universo espírita, de muitos indivíduos em encarnações passadas acreditarem terem vindo na pele de um nobre (um príncipe ou princesa) ou... o que é de pasmar... de um santo católico ou profeta bíblico... há um bem humorado causo narrado pelo Souto Maior:
“Uma vez, uma senhora chegou perto dele feliz da vida. Tinha feito uma descoberta.
— Fui mártir. Morri na arena devorada por um leão. E você Chico?
— Ah, eu fui a pulga do leão”.
Às vezes, cansado daqueles tantos heróis a sua volta, “como um ex-Napoleão, um ex-rei, um ex-apóstolo”... Ninguém abria a boca pra dizer: “fui um perdedor”... Chico não resistia a uma ironia:
— Eu, aqui, no meio dessas cabeças coroadas, com a cabeça decepada”.
Jesus perguntou certa vez aos seus discípulos: “Que estáveis vós discutindo pelo caminho? Mas eles calaram-se; porque pelo caminho tinham disputado entre si qual era o maior. E Ele, assentando-se, chamou os doze, e disse-lhes: Se alguém quiser ser o primeiro, será o derradeiro de todos e o servo de todos”. Assim foi Chico Xavier.
A vida desse missionário está diretamente entrelaçada, no invisível, com a do seu mentor espiritual, o Espírito Emmanuel, que lhe apareceu pela primeira vez em 1931, e perguntou:
— Estás mesmo disposto a trabalhar na mediunidade?
Para a resposta afirmativa de Chico, Emmanuel replicou que para tal era preciso trabalho, estudo e esforço na prática do bem. E os três pontos básicos para o serviço eram: disciplina, disciplina e... disciplina.
O Espírito Emmanuel ditou para Chico um dos seus mais conhecidos livros: “Há dois mil anos”, que narra a história do orgulhoso senador romano Publius Lentulus, que estava em missão em Jerusalém, designada pelo Imperador, quando da paixão e morte do Nosso Senhor Jesus Cristo.
Um pouco antes, o soberbo senador teve a graça de ter a sua filha Flávia curada de lepra pelo próprio Cristo. Porém, isso não o motivou a interceder pelo Messias junto a Pilatos. É um livro autobiográfico, uma vez que o prepotente senador é o mesmo Emmanuel, e especula-se que Flávia foi uma encarnação passada de Chico Xavier.
Ao longo de toda a sua vida, inspirado e guiado por Emmanuel, mesmo com a saúde frágil, Chico vai se desdobrar nas atividades profissionais de escriturário, na militância espírita e ainda arranjará tempo, roubado ao sono, de psicografar centenas de livros e milhares e milhares de páginas.
Há um saboroso causo com Chico Xavier e Emmanuel, narrado por Souto Maior, no seu tocante livro:
Num vôo de Uberaba para Belo Horizonte, o avião começa a trepidar com violência e parecia fora de controle. Os passageiros começaram a gritar, pedir socorro. Chico uniu-se ao coro:
“— Valei-me meu Deus. Socorro, misericórdia. Socorro, pelo amor de Deus. Tende piedade de nós”.
Um padre, a poucas poltronas de distância, reconheceu o desesperado e gritou:
“— O Chico Xavier está ali. Ele é médium, espírita, e está rezando conosco.
— Graças a Deus, padre, eu também estou rezando.
E continuou a berrar:
— Valei-me meu Deus”.
Após quase 20 minutos de gritos desesperados do famoso médium mineiro, Emmanuel entra no avião e fica horrorizado com a cena. O espírita mais importante do Brasil, defensor da vida depois da morte, estava em pânico diante da hipótese de morrer. Aproxima-se de Chico e pergunta o motivo de tanta gritaria.
— O senhor não acha que estamos em perigo de vida?
— Sim, estão, responde Emmanuel. Chico contesta:
— Se estamos em perigo de vida, eu vou gritar. Valei-me, socorro, meu Deus. Fazendo coro com os demais passageiros.
Emmanuel indignou-se:
“ — Você não acha melhor se calar? Dá testemunho da tua fé, da tua confiança na imortalidade”.
Chico defendeu seu direito de estar em pânico:
“ — Estou apavorado como todo mundo. Estou com medo de morrer como qualquer ser humano”.
Emmanuel perdeu a paciência:
“ — Está bem. Então, cale a boca para não afligir a cabeça dos outros com seus gritos. Morra com fé em Deus. Morra com educação”.
Quando Emmanuel virou as costas, Chico ainda resmungava:
— Quero saber como alguém pode morrer com educação...
Souto Maior nos conta mais uma interessante história: Chico Xavier estava bastante abalado e deprimido com a morte de um sobrinho. Daí que, em outubro de 1958, toma uma decisão surpreendente: iria experimentar o ácido lisérgico (LSD).
(O químico suíço Albert Hofmann havia sintetizado o LSD pela primeira vez em 1938 nos Laboratórios Sandoz em Basel, Suíça, como parte de um grande programa de pesquisa para a medicina. O LSD foi inicialmente utilizado como recurso psicoterapêutico e para tratamento de alcoolismo e disfunções sexuais. Pelas suas propriedades alucinógenas o consumo do LSD difundiu-se no movimento psicodélico mundial nos anos 1960-70 e nos meios universitários europeu, norte-americanos, hippies, grupos de música pop, ambientes literários etc. A proibição e criminalização do seu uso só ocorreu em 1966).
Chico perguntou a Emmanuel se ele poderia fazer a experiência com amigos de Belo Horizonte. O mentor se ofereceu para promover a “viagem”. À noite, Chico se sentiu fora do corpo, Emmanuel se aproximou dele, colocou uma bebida num copo e explicou: era um alcalóide capaz de produzir o mesmo efeito do LSD.
E então se deu a experiência de Chico Xavier com o chá ayahuasca. Assim consideramos devido a descrição que o autor faz da beberagem que é um alcalóide. O chá ayahuasca (daime/vegetal) é utilizado para fins religiosos no Brasil e autorizado pelo governo brasileiro.
Chico engoliu a bebida, um tanto amarga, e levou uma dura peia: “começou a se sentir mal, como se estivesse entrando num pesadelo. Animais monstruosos se aproximavam e cenas assustadoras desfilavam diante de seus olhos. Ele acordou com mal-estar. O sol parecia uma fogueira e o irritava, as pessoas o cercavam, desfiguradas. À noite, Emmanuel reapareceu com a lição transpessoal: o alcalóide refletia seu estado mental”.
Chico quis saber como recuperar a tranquilidade e escapar da resseca. Receita transmitida por seu mentor: oração, silêncio e caridade, para colher vibrações positivas.
“Chico seguiu as dicas à risca. Começou a visitar doentes pobres, a atrair bons fluidos e, durante cinco dias, trabalhou para se refazer. No sexto dia ele se sentiu melhor. À noite, Emmanuel voltou e propôs repetir a experiência com o mesmo alcalóide. Mesmo desconfiado, o discípulo concordou. O efeito foi surpreendente: a alegria profunda. Teve sonhos maravilhosos, visitou uma cidade de cristal, olhou para o céu como se fosse de vidro. Até a Fazenda Modelo (seu ambiente de trabalho) ficou deslumbrante. Os livros pareciam encadernados por safiras e ametistas, luzes saíam do corpo dos companheiros, das plantas e dos animais. Chico sentiu vontade de abraçar todo mundo. Ficou assim, em êxtase, quatro dias seguidos, em estado de alegria descontrolada, insuportável. Emmanuel apareceu com as explicações:
— Você está vendo seu próprio mundo íntimo fora de você”.
Outros surpreendentes casos são narrados no filme, um deles — que encerra o espetáculo — entrou para os anais da justiça brasileira: uma carta psicografada por Chico Xavier é arrolada nos autos de um júri popular, inocentando um réu de ter cometido um crime de homicídio.
Vejam o filme e leiam o livro
Ah se o Brasil tivesse outros Chico Xavier entre nós...
sábado, 10 de abril de 2010
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Ecovilas são temas do Ciclo Gaia de Palestras
O Ciclo Gaia de Palestras, promovido em conjunto pelo Departamento de Zoologia do Centro de Ciências Biológicas da UFPE, da Fundação Gaia - Legado Lutzenberger e da Livraria Cultura de Recife, terá como tema na próxima terça-feira (13) as “Ecovilas: viabilizando um estilo de vida sustentável”. A discussão começará às 19h, na Livraria Cultura.
Os palestrantes serão a professora Cecília Costa, do Departamento de Botânica da UFPE, e o mestre Thomas Enlazador, coordenador do Sítio Agroecológico Bicho do Mato e membro do comitê organizador do Fórum Social Mundial. A meta é abordar a possibilidade de tomar atitudes mais sustentáveis no dia a dia, já que a estrutura urbana de consumo de água, alimentos e energia torna nossas ações mais cotidianas prejudiciais ao meio ambiente.
O Ciclo Gaia de Palestras oferece uma oportunidade para que cientistas, pesquisadores, ambientalistas e o público em geral discutam questões científicas de interesse da comunidade numa atmosfera agradável. O evento ocorre na segunda semana de cada mês, sempre às terças-feiras, no mesmo local e horário.
Mais informações
Departamento de Zoologia da UFPE
(81) 2126-8353
terça-feira, 6 de abril de 2010
Seminário Comunidades Tradicionais da Ayahuasca, Rio Branco (Acre)
Realização:
Câmara Temática de Cultura Ayahuasqueiras – CMPC/FGB
Assembléia Legislativa do Acre
Fundação Elias Mansour – Governo do Estado do Acre
Centros Tradicionais da Ayahuasca
Data: 12,13,14 e 15 de abril de 2010 – Rio Branco - Acre
Local: Horto Florestal
Dia 15 – Plenário da Assembléia Legislativa
Programação:
Dia 12 - Segunda- feira
14:00: Abertura do credenciamento
14:30: Solenidade de Abertura Oficial
16:30: Mesa Redonda - História da Ayahuasca e sua importância na formação histórica do Acre Participantes – Antonio Alves, Francisco Hipólito e Edson Lodi
17:40: Intervalo – Coffe Break
18:00 – 21:30: Sessão Temática: Cultura, Educação e Turismo
Dia 13 – Terça-feira
08:30-10:30: Sessão Temática: Saúde
10:30-12:30: Sessão Temática: Segurança Pública
12:30/14:00: Almoço
14:30-18:00: Sessão Temática: Meio Ambiente e Urbanismo
Dia 14 – Quarta-feira
08:30: Leitura da sistematização das sessões temáticas, debates e aprovação do documento final para encaminhamento das Propostas à Assembléia Legislativa.
12:00/14:00: Almoço
14:30: Continuação da plenária e encerramento do seminário.
Dia 15 – Quinta-feira
10:00: Seção Solene de Entrega dos títulos de Cidadão Acreano aos três Mestres Fundadores
Obs: A ficha de inscrição para o evento encontra-se disponível no link: http://is.gd/bl0HG
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Abertas as inscrições para o 34º encontro nacional da ANPOCS
Seminários TemáticosVeja a lista das Temáticas aprovadas para a formação dos Seminários Temáticos (ST):
http://www.anpocs.org.br/portal/images//seminarios_tematicos_2010.pdf
Ementas Seminários Temáticos. Veja as ementas das Temáticas aprovadas:
http://www.anpocs.org.br/portal/images//ementas_sts.pdf
Submissão de Resumo nos ST. Inscreva seu resumo numa das Temáticas Aprovadas:
http://sec.adtevento.com.br/anpocs/inscricao/index.asp?eveId=3
Atenção! O resumo simples deverá ter no máximo 900 caracteres com espaço (passo 4 da submissão) e o resumo expandido no máximo 9.000 caracteres com espaço
Confira abaixo os próximos prazos:
26/03 a 26/04 - Período para submissão de trabalhos (resumos) nos STs aprovados. Destinado a Pesquisadores em geral.Titulação Mínima: Mestrando(a).
01/04 a 04/05 - Prazo para envio de propostas de Mesas Redondas. Destinados a coordenadores-proponentes. Titulção mínima: Doutor(a)
20/04 a 17/05 - Período de Seleção e composição, pelas respectivas coordenações, da programação final de cada ST.
08/06 - Divulgação da programação dos STs e Mesas Redondas aprovadas.
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